sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Diálogos na hora do cafezinho.

Fui tomar um café em meio a uma modorrenta tarde de serviço, quando dois outros "servidores" conversavam na cozinha:

- Pois então, agora estou fazendo esse curso de Teologia...

De pronto, entrei na conversa. Não apenas pelo assunto, mas também por ser ainda "novo" no trabalho, buscar um entrosamento maior com o pessoal. Para mostrar meu interesse, já digo:

- Poxa, legal! Tenho me interessado bastante pelo assunto também, mas ainda sou bem amador, leio muita coisa por conta própria...

Nisso, o meu colega responde:

- Pois é! Eu comprei um conjunto com quatro DVD's, e lá tem um que mostra que o Mar Vermelho não baixa a maré como dizem!

Daí em diante, tudo tornou-se um horrendo bla-bla-bla. Obviamente que o homem lá não falou só isso, ele aprofundou dizendo que ele se convenceu de que foi tudo milagre, que não tem explicação...

Isso me leva a pensar algumas coisas. Primeiramente, isso que ele está estudando/assistindo, não é teologia, é o "show" da fé. Qual é a real importância se o mar se abriu ou não? O importante é a mensagem de libertação que o Êxodo nos traz! Que demonstra a preocupação de Deus que não nos sujeitássemos a nada mais, a não ser a Ele, para que pudéssemos exprimir nossa humanidade de uma forma plena, que fugíssemos dos ídolos que subjugam a vontade humana.

Me entristece ver que pessoas que pertencem a determinações importantes e que tem um grande número de fiéis estejam preocupados se o mar abriu ou não, se Jesus caminhou mesmo sobre a água, se os muros de Jericó ruiram sozinhos ou não. Essas pessoas buscam um deus (sim, com minúscula mesmo) milagreiro, mágico, que prontamente atenderá aos seus desejos com um simples estalar de dedos, no melhor estilo do deus da teologia da pro$peridade...

Peço para que Deus não abra mares, mas cabeças, corações.

Um comentário:

Walter Cruz disse...

Mais um apologista se formando :D